Essa dúvida coxa que não se faz anunciar
Embuste de amor, espreita, sibila sorrateira
Na curva do sonho se aninha e de modo vulgar
Tece armadilha num doce baloiçar de matreira.
Olho-a de soslaio, reconheço com escárnio
Não se vá perpetuar em prelúdios sem fim,
Não queira amparar a noite, seja seu desígnio
Consumir sem dó o pouco siso que resta em mim.
Mas não se acabrunha ao meu olhar, bem contrária
Sacode o magote a venenosa, e vêm outras tantas aos ais
Assentar arraiais, e tantas outras... tantas outras ou mais...
Enlaçam a imaginação e constroem lanças e punhais
Ó parca fortuna tua meu amor, no sono velas o pecado
Valha ignores que ao teu lado, morro... de ciúme fulminado!