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A Virgem

 
Ó irrequieta virgem de corpo tão belo,
fecha os cílios dos teus olhos e não me traz donzelo,
porque de ti quero provar-te a carne toda.

O que do teu olhar penetra-me, assusta-me,
Chega a bater mais forte o coração no peito,
Igual a quando na alma eu sinto o teu beijo tão doce.

Ouço a incompreensão do teu coração
que não me traduz ao teu amor meus dialetos
e a sofrer te espero de olhos bem abertos,
atiçando a querer-te,tu, essa imaculada boa e bela.

Desnuda-te e dá-me a flor que dorme em tuas virilhas,
prova do meu mais puro mel, corre em minha carne,
porque ao olhar-te, virgem,fico eu tão louco
e por tantas vezes, desassistido, de mim nada tu queres...

 
Autor
Paulino Vergetti Net
 
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