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A carcereira

 

A CARCEREIRA

Os baldões da vida e os ventos me arrastaram
Deixando-me ao sabor da sorte e solidão
Mas inesperadamente eis que surgiu
Alguém que levou à força p’ra prisão.

Esse alguém era uma linda carcereira
Que me feriu com força e sem demora
Pôs-me de rastos, com cadeias e tormentos
E muito mais me fez desde essa hora.

Cegou meus olhos para verem ela só;
Fechou-me os lábios para serem apenas dela:
Pôs –me algemas que prenderam os meus braços;

A carcereira de mim não teve qualquer dó
Reservou-me para si naquela cela
E seus castigos eram beijos loucos e abraços,










 
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D.Sousa
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