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Tragam as luzes. Aquelas bem serenas, tênues... E tristes. Tragam, armem o palco, e nada mais. A atriz se encarrega dos scripts. Mas traga rápido, porque veloz é sua melancolia, vago o seu desalento. Assistam atentos e deixem-se envolver pelo sentimento [o verdadeiro], pois cá neste camarim e, principalmente, nesta cena, o que não há é teatro, nem encenação. É a mais pura expressão da incógnita sentimental humana. Num grito profundo e rouco, ela tenta arrancar da mais profunda camada de sua alma toda a angústia e dor alucinantes. Tanto esforço e empenho que provocarão um insignificante tapar de ouvidos dos poucos espectadores, da última apresentação semanal naquele teatro quase abandonado, falido. Aquelas palmas abafadas pelas poltronas vazias e pelo ar úmido e inebriante, ilustram o fim de uma semana introspectiva e o início de outra a ser escrita, dessa vez com mais ânimo, pra não cair na rotina.
(Letícia Corrêa – 27/05/07)


Letícia Corrêa

 
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Letícia.Corrêa
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/04/2008 21:23  Atualizado: 16/04/2008 21:23
 Re: Teatro
Gostei de ler. parabéns-Bj


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/04/2008 13:50  Atualizado: 17/04/2008 13:50
 Re: Teatro - p/Letícia.Corrêa
Cara Poetisa, assisti atento e deixem-me envolver pelo sentimento verdadeiro que traz uma boa leitura, pois cá da minha escrivaninha, principalmente, frente ao seu poema, nesse teatro, deleitei-me com essa linda encenação. 1Bjo.

José Silveira
www.palavrasdepoeta.blogspot.com