Poemas : 

OUSADIA

 
 
OUSADIA
No meu intimo, uma desnecessidade se aguça.
Creio descomplexa, de nada ter a desdizer.
Já me levo inteiro de indagações a juntar atalhos,
De quem bem sabe o quanto custa o desviver.

Mas não existo o bastante se deixar de aspirar.
Assim espio manhãs. Não graduo conjuras.
Apraz-me compreender que uma reta contém variáveis.
Meus poros se aguçam de humana envergadura.

Minhas inquietações desfiam-se visíveis.
Confesso-me indisciplinado com as formalidades do risco.
Em quase tudo me arde, o que suponho merecer.

E se não o sentir, não me impele o fio a tecer.
Tenho dificuldades com prognósticos do viver pré-definido.
Não uso decifrador de tempo, para embeber-me do instante.

Declaro-me avesso, em não desfrutar, o que o momento instaura.
E quando me chega, pousa em minhas mãos, como se vindo da alma.

Carlos Daniel Dojja

 
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20dojja18
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