Tu que escreves as melodias, a ti,
que desenhas o contorno das colcheias,
mais uma vez entrego
minhas orações escritas.
Não sei o que farás com elas,
talentoso arranjador,
mas prefiro que as corrijas,
e que brotem delas teu favor.
Se te agradam, faze então canção,
sei que lês cuidadoso
os anseios do meu coração.
Mas se te aborrecem,
amassa-as, atira-as para longe do teu olhar,
não quero te enojar
com versos de rimas perversas.
Seja tua a honra da música,
seja tua a glória
que irão aclamar
quando ouvirem minhas orações respondidas
e minha vida refletindo
a composição do grande artista.
Seja tua a honra da música,
seja tua a glória
que irão aclamar
quando ouvirem minhas orações silenciadas
e minha vida refletindo
tuas respostas às minhas cartas.
De Alycia,
Ao mestre de canto
Para instrumentos que têm alma.