Poemas : 

DONA MATEMÁTICA

 

A Dona Matemática
Não me foi apresentada.
Cateto – pra mim é bicho!
E hipotenusa: bruxa malvada!

Raiz – que é quadrada...
Delta – que não é asa...
Asfixia meus neurônios –
Quero ir pra minha casa!

Menos com mais, dá menos;
Menos com menos, dá mais.
Quanto é trinta por cento
De quatrocentos mil reais?

Número pra cá, fórmula pra lá –
Cálculo, álgebra, aritmética –
É uma babélica loucura –
Uma coisa escalafobética!

A professora tem paciência,
Porque, paciência é preciso.
Mas não entendo nada, nada...
Devo ser ruim do juízo.

Matemática é grande!
Minha cabeça é pequena!
A massa encefálica,
Tanto esquenta que empena.

Não tenho ódio por ela.
Mas não consigo amá-la.
Coagido pelo mundo,
Sou obrigado a estudá-la.




PERFIL

Não sou lindo.
Não sou lenda.
Mas sou ledo.

Penso muito.
Falo pouco.
Desde cedo.

Renego a morte.
Desprezo às trevas.
Odeio a dor.

Aprecio a vida.
Gosto da luz.
Amo o amor.

 
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Vadevino
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