Ser poeta, é sentir a dor presente
É cobrir em cada dia
Com manto de palavras
A perversa ironia, a sentida nostalgia
É soltar amarras ao fundo do coração
Voar nas asas da garça
Pintar de mil cores o sentir
Deixar correr o pensamento
Uma caneta em imaculado branco
Inconstante alma a fluir
Sinos tocando a rebate
Vago que resta de cada dia
Barco sem rumo vogando
Na dança da maresia
Pétalas Soltas em céu de ternura
De uma alma cheia de ventura
Poetisa, mulher, mãe, constante emoção
Vera Silva, a poesia do fundo do coração
Armando Moreira
(Drama turco)