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Há poetas que se confrontam com a poesia. Hélder Magalhães deita-se com ela. Em Fúria do Nós, os seus poemas são de intensidade sensual, onde o objecto de amor é a mulher amada. Hélder encontra o que procura e formula os seus desejos:



Entregamo-nos sem reservas num tórrido beijo

Suspirando ofegantemente em ardente clamor

Flutuamos alucinantemente na órbita do desejo

Comungando a essência do Incondicional Amor!

(in Provocas-me)



Mas não se iludam, ao longo do livro podemos encontrar uma poesia que se devora a si mesma nos autodevaneios íntimos do autor, onde é possível penetrar e possuí-la, por tanto a sentirmos nossa.



Maria Treva Flor

"Simplicidade terna de paixão, de verdade, canta o Amor com a inocência de toda a pureza.
De um raio de sol faz um sorriso, de uma gota de orvalho uma lágrima. De uma montanha uma vida e dos rios o renascer. O mar torna-se a própria vida e uma flor o eterno amor.
É impossível a indiferença perante tal nobreza de sensibilidade."

Excerto do Prefácio de Cúmplices Momentos