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Os Blur são uma banda britânica que marcou a minha adolescência (que durou mais tempo do que o habitual -- a minha adolescência, não a banda).
Ficou célebre por sucessos como "Girls and Boys", "There's No Other Way" ou "Song 2".

A canção que quero destacar não tem muito a ver com a sua imagem de rockeiros indie, mas apresenta uma outra faceta desta banda, que às vezes invade outros géneros musicais, neste caso, a pop orquestrada dos anos 1960, que foi bem representada por cantores como o belga Jacques Brel ou o norte-americano Scott Walker.

A canção dos Blur de que falo chama-se "To The End" e o vídeo é uma homenagem ao filme "O Ano Passado em Marienbad", de Alain Resnais, que comentei no fórum sobre cinema (link).

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A morte de um artista de cuja música gostamos é sempre um momento triste.
Sakamoto, Bowie, Jeff Buckley... com a ausência deles, senti a necessidade de reescutá-los, para sentir que ainda estavam vivos nas suas canções.

Um dos desaparecimentos que me custou mais foi de Lhasa de Sela.
Ao contrário dos músicos anteriores, não consegui voltar ao seu álbum "La Llorona" durante muito tempo. Era o único que eu conhecia e que tinha ouvido vezes sem conta antes da sua morte. Ontem estive a escutá-lo novamente e foi maravilhoso, como sempre.

Depois, resolvi passar de imediato ao último álbum, assinado simplesmente "Lhasa".
As canções são em inglês, em tons jazzísticos, e custou-me constatar que era apenas agradável, mas incaracterístico, sem o rasgo do primeiro.
Perto do fim, quando já não estava à espera, eis que reencontro a profundidade da voz que me apaixonou anos atrás.