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VIAGEM INTERNA

 
Tags:  eduardo braune  
 
Observo as bandeiras tremularem,com um orgulho resplandecente.
Escuto os canhões esbracejarem, como trovoes enclausurados.
Toco as pessoas, e sinto suas escamas, nada mais eh suave.
Cheiro a luxuria, me embebedo nos instintos.
Mergulhando num prazer desagradável, Desnecessário.
Mergulhando-me em Ego.
Observo a miséria arrasando-se, como zumbis sedentos.
Escuto os gritos autoritários, dizendo-se divinos.
Toco as estrelas, e sinto seus espinhos.
O belo tornou-se assassino.
Cheiro perfumes, esqueço a beleza das flores.
Abro os olhos já não enxergo mais, fui tomado pela noite.
Olho para os céus e não vejo salvação, rastejo-me suplicando perdão.
Mas não ouço minha própria voz, guio-me cego e surdo.
Desviando dos buracos lamacentos desta estrada maldita, desse caminho infortuno.
O túnel sem luz, parece ser infinito, indomável, imprevisível,
As pedras pontiagudos ferem minha vontade de prosseguir,
Sinto o bafo quente das almas que me rodeiam.
Já sinto meu próprio cheiro de morte,
Tropeçando em mim mesmo.
Sou cortado pelas laminas do frio, que torturam meu corpo nu.
Paro! Silencio-me, ouço um silencio ensurdecedor, como uma onda revirando o negro.
Lentamente o pulsar da vida se reanima,
Tocando como mil tambores, e a cada batida, um facho de luz surge,
Brotando vida, trazendo a mais pura alegria.
Nasce um sorriso, que conforta, uma amizade, que sustenta o azul do céu.
Germinando o amor, na terra umidecida pela esperança,
Emanando divindade a todos que necessitam.


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EDUARDO BRAUNE
 
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eduardo_braune
 
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