Poemas : 

Amenofobia

 
Dorme demais
Defunto
Pigarreia seco
Dança sem asas
Digere sem eretibilidade
Tão poucos minutos ao Sol...

Cantem os antepassados do porvir
Rejubilem-se os que não sabem da Eternidade.

A metrópole respira
Enxofre
Gasolina e pólvora
Grafite
A escravidão e a imprensa.

Há quem saiba dos problemas de Deus.
Há quem saiba dos problemas da comunicação com Deus.
Há?...
Ah, mas há! "Há!!!", se pode até vociferar:
Este sonho em verbo inconjugável
Este pavor de relance relutante de averiguação.
A escovinha pra tirar o excesso grudado no sanitário.
A adolescente que tanto amei morta de meningite aos dezoito.
Os porres de cachaça vagabunda que não mais arrebatam.
As flores no campo
Apanhadas
Pra uma cega -
E o pessoal que vive perto de rio limpo.

Mural vazio
Abismo preenchido
E as cantigas de Capoeira!

Missão
Esta
Este isto
Esse isso
Insosso
De que não posso escapar -
E que seria de mim amissionário?:
Um teimoso aspirante a mago
Uma criança que não se deixa amadurecer
Ou mais um Cristo em pessoa...

Tantos caminhos
A torto e a direito -
Sem falar da Esquerda!,
O caleidoscópio intracelular de nosso self
Infindáveis tramas de luz cor tranças respirantes
E este coração batendo
Batendo-batendo.

Antes tarado que político
Deprimido que ganhador da Mega-Sena!
Antes sonhador.

 
Autor
alikafinotti
 
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