Água-forte

A ditância não apaga os traços da memórias a água forte que nos envolve é sempre uma boa pintura na poesia.

Beijos

Olá Arlindo,
comecei na perfeição, lendo o seu poema.
O espelho mais resistente que conseguimos arranjar
reside de facto na memória. Mesmo que se embacie em determinados momentos, ele lá fica, como que órfão da resistência dessa mesma memória.
Gostei.
Beijo
Vóny Ferreira

gostei muito,arfemo.bem mais poético do que filosófico.
as imagens,os cheiros da memória,fortes,diluídos,bem "pintados".
deu-me até vontade de pegar de novo nos pincéis e em toda a restante parnafenália associada. eheheh...

beijo

Nada existe que possa apagar as memórias.São elas que nos mantêm vivos, embora por vezes nos tranquenos na solidão.

bj
Eduarda

...
olá arlindo

Pintei o seu rosto
com a tinta que restava,
diluída,

das veias das palavras que te
sinto



Abraço

Olá Arlindo,

A água tem essa virtude em consonância com o nosso olhar, reflectir as mais belas imagens que criamos.

Beijo amigo

olhe, meu irmão poeta, este seu poema é bom pra caramba, a começar pelo título. bebo dessa água, sim. ainda que pese a ausência, verdadeira ou não, que o poeta traz consigo.

um abraço,

j.

ps: o poeta nem sempre tem compromisso com a verdade. ao poeta, dizia virgílio, tudo é permitido.

A agua é um espelho, de facto, como a nossa memoria , devolve-nos sempre o que queremos e mais assiduamente o que não queremos ...
Lindo poema.
Abraço

Água-forte na memória grava mais que ferro e fogo na pele, Arlindo.A memória projeta ao espelho o que a gente quer (até o que não quer) vê.
Bjns, Betha.

essa águarela de tons leves quase transparentes
retrato bom de memória desses olhos, quase foge, mas está lá, guardada a imagem para sempre.
bonita água forte!
beijinho
Romma

"A água-forte na memória"...
Um poema de marca indelével na memória de quem o lê. Marca d'agua, rara beleza.
Abraço,
Sandra.

Uma pintura magnífica diria eu caso a não a soubera melhor.
Fantástico a vida de uma obra.
Um abraço para teu bom poema e Arfemo. Surpresa mas sempre te espero com alegria e esse arrojo ou mesmo de poesia.
Amandu

Olá Arlindo

Metáforas coordenadas adequando-se a proposta, a cada verso. Construção de um sentimento que pode ser amizade, porque na amizade tudo cabe, tudo é sublime e aqui consagrada em toda sua plenitude.

Na rede dos signos a poesia transita sugerindo a pintura de um rosto, o destaque dos olhos (como espelho da alma) e a memorável emoção do sentir a ausência, ao sugerir a saudade como uma presença distante, de algo que se renova, e qdo mais vai, é quando mais fica...

Poema com apelo estético muito forte. Nas palavras dispostas a lembrar o perfil de uma 'metade feminina', como oposto. O eu poético retira disto o seu gosto e a sua verdade no momento, posto que o momento não é passado nem futuro, apenas é, sendo impalpável_mente sentido.

Uma obra de arte tingida com toda a experiência não gasta, mas gradualmente e continuamente reapreendida a cada nova lição, que ao momento nos é oferecida, enriquecendo a construção e desconstrução que é a vida, que neste particular enaltece a grandeza de um sentimento.

A imagem obtida, se fixa no leitor que a leva consigo, deixando-a assentar calma, nas formas da identidade, dando a esta composição seu real valor na universalidade alcançada.

Destaque de todo o poema, no que tange ao apelo visual, quase lúdico, se não fora extraordinariamente sério. Parabéns Arlindo, eu recomendo.Beijo.Ibernise.


ÁGUA-FORTE


Pintei o seu rosto

com a tinta que restava,

diluída,

quase se não via

a minha obra.

mas ainda brilham

os olhos que gravara,

a água-forte, na memória,

e o espelho me devolve,

a toda a hora,

a sua ausência.


arfemo

Olá Arfemo,

Um poema tão sensível, que só os eleitos seriam capazes de criar. Esse é o doce mister da poesia e da vossa obra.

Um abraço

Núria

Forte é a eloquencia e a sensibilidade poética nesse painel criado na arte e tecnica de aplicar tintas em palavras, nessa pintura abstrata que reflete os sentimentos,maravihoso de sentir,

Bjs, Lu

Quer queiramos quer não, na memória para sempre ficará gravado o que se deseja e também o que não queremos lembrar, basta fechar os olhos que são o espelho da alma e lá está
tudo a qualquer momento.

Lindo seu poema,
Um abraço amigo Arfemo

da rosa

Uma aquarela de alma, a água com sua força deixa os tons suaves e marcantes. Desenha almas e escreves poemas, ou escreve poemas e desenha almas?!
O espelho devolve a auséncia, mas não apaga a presença...O título está perfeito, água forte, já diz tudo. Aplausos! beijo

Grande texto mesmo!Esta enfeitando o site!

olá.
desde ontem fiquei de comentar teu poema,
mas não tive tempo.

anfermo, parabéns. muito bela tua divagação
que nos leva a recriar o instante no
imaginário. um texto que nos faz protagonista.

"e oespelho me devolve
a toda hora,
a sua ausência"
(um raro momento).

abração.

rehgge.

Não posso deixar passar em branco este poema de rara beleza que está a tocar de forma muito particular todos quantos o têm vindo a ler.
Falar assim da ausência, realmente não é para qualquer um. Parabéns arfemo.

Belíssimo momento de poesia e saudade, ah, essa desgraçada!

Beijo.

Arfemo,
A expressão dos olhos é sempre o que mais retemos na memória.
Beijo
Nanda

Excelente pintura, e para fazer a água-forte, as palavras gravadas bastam.

DM

...
olá poeta

na memória,
o espelho me devolve,
a toda a hora,
a sua ausência.

Ao contrário
Para mim, repete-me a tua
Alma

Santa e Feliz Páscoa para Ti


um grande abraço

Sabe, Arlindo, já aqui vim várias vezes e de todas elas saí pequenininha, insignificante... sem palavras para lhe dizer da grandiosidade do seu poema... Pronto, e saio, de novo...

Votos de uma Páscoa cheia de Amor, Paz e Alegria!

numa tela, para que fique bem marcada a expressão dos olhos, há de se ter trabalho esmerado com os pinceis nos finos traços, pois o olhar é o mais difícil para o artista o pintar. com a sua água-forte, igual esmero foi dado as palavras, bem marcadas pois, traços que deram todo sentido ao poema.
foi bom vir por esse caminho...

de Páscoa; um forte e fraterno abraço amiguirmão Arlindo.

Silveira

Traços de saudade que não se apagam e definem incomparáveis contornos indeléveis. mais uma vez a subtileza de uma escrita muito pessoal.