Há palavras que doem, que matam e que dão vida
Porque ás vezes falar é a única saída
Quando a loucura me consome e a caneta me devolve a lucidez
Escrevo histórias sem era um vez
A saudade escreve com calma
Calmamente me consome a alma
A raiva escreve devagar com caligrafia perfeita
Não me consome, deixa a poesia de luto, assinando a tinta preta
A paixão escreve linhas sem fim
Palavras cheias de tudo o que há em mim
Mas os meus olhos lêem tudo isso sem pestanejar
O meu sonho é ser poeta, continuo a sonhar
Nunca o lápis cai sobre a mesa, só rascunhando o passado
A borracha não apaga um poema bem gravado
Se o meu sonho é ser poeta quem eles são?
Homens entre a multidão
Não têm nomes, nada os identifica
Não são pobres, porque a poesia é rica
Ser poeta, sonhei e serei, ou será que sou
Quero ir,irei, para onde será que vou?
{::.[RITA].::}