Prosas Poéticas : 

Solidão Social-A Prosa

 
A senhora corria,andava muito rápido,estava atrasada,atrasada para a missa,respirava,como um búfalo que corre atrás da pressa,com sua camisa ilustrada por “nossa senhora”,pelas causadas de péssima engenharia,da capital cearense,com as causadas contra ela,já uma senhora de idade avançada,lhe era mais cansativo,não tinha acompanhante,nenhum neto,nem filho.

Logo ela chega a igreja já bem atrasada,o padre lhe olha “com uma cara”...só faltou lhe chamar de irresponsável,velha ordinária,atrasada de novo,se ela tem um neto pra cuidar,o padre não se importa,se ela teve que ajudar no caminho a outra senhora,o padre se importa ainda menos,logo ela se senta,e escuta a missa.

Acabou a missa,todos de volta para casa,a rua esta bem movimentada,ela sai uma das primeiras,mas não com muita presa,era só porque tinha poucas amigas na igreja,ninguém para conversar,o padre?nem pensar,ela sai de novo pelas causadas mal feitas,pois cada um faz a calçada como bem entende,solidão social minha gente!no cruzamento ela passa sem olhar,o carro vem também sem olhar,mas vem numa velocidade na qual poderia ate mesmo voar,e ela é atropelada ao azar,naquela velocidade tinha que haver atropelamento,lei de causa e efeito,injusta?eu acho justa demais.

Toda a agitação das ruas seguem,o povo que vem da igreja passa sem olhar como o cara do carro, o bar,a cantina,todos os estabelecimentos,seguem a abertos,o bêbado,o playboy,ou ate mesmo o pai de família,vai embora,pelo menos deixa os rastros do pneu do carro,mas tudo segue tão normal,ela estava com os olhos abertos,ainda,do susto.

Mas tarde,bem mais tarde,pois ninguém se preocupou em chamar ambulância,ela esta lá no chão,o bar fecha,tudo fecha,as luzes se apagam e só fica o luar,e os olhos dela a olhar.


LUCAS LIMA M.

 
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LucasLimaMota
 
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