Poemas : 

Carta ao camarada Zeca

 

Ah Zeca Zeca
Como tu tinhas Razão….
O Tempo passa ,
Mas é a mesma balada.
Eles comem tudo tudo…
E não deixam Nada.
Vêm com seu ar sisudo,
Misturados na multidão,
Comem-nos a carne e o pão.
Estes vampiros dum camano
Chupam-nos os ossos até ao Tutano.
O País está nas lonas,
Anda lá fora a pedir,
Por causa destas mamonas
Os anéis já se foram,
E os dedos vão a seguir.
Ameaçam com o F.M.I.
Para o povo se assustar,
Para eles não virem para aqui
Resolvem o IVA aumentar.
O funcionário público é culpado,
Dizem eles com presunção,
Roubasse-lhe no ordenado
Para salvar a Nação.
Desemprego e corrupção,
É o que mais por aí há,
Vigarista e ladrão
Também abunda por cá.
Pobreza e fome a alastrar
Nunca por cá, tal se viu,
Dá vontade de a todos mandar
Para a cabra que os pariu.
Neste país em agonia,
Morre-se um pouco cada dia
Com a cabeça a matutar,
Como a família sustentar,
Porque aos cincoenta é-se velho
Para se poder trabalhar,
No entanto muito novo
Para se reformar.
Este povo já está cansado
De tanto se vergar,
Pois já não tem mais caixa
Para tanto sabonete guardar.
O povo Português é manso
E gosta de apanhar,
Se não é manso, então é tanso,
Porque os continua a apoiar.
Esta nobre Nação,
Que pelos ideais de Abril tanto lutou.
Será que foi fruta de ocasião!!
Parece que isso também já acabou.
Agora vou terminar,
A minha carta feita está,
No teu leito, não te quero aborrecer.
Se pudesses ressuscitar....
Com a vergonha do por aqui Há,
Querias de novo morrer.






 
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master22
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