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ASAS QUE NÃO CONSEGUEM VOAR

 
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Há demasiado tempo,
Que tenho segredos comigo
Há demasiado tempo,
Que existem coisas que devia ter falado
Num labirinto, anseio pela saída
Ambiciono por encontrar uma razão
Para encontrar o tempo, o lugar, a hora…

Anseio pelo sol de Inverno
No frio brilho de um dia de Verão
Os fantasmas construídos ao longo do tempo
Pressionam os meus sentimentos
Já não posso ficar mais afastado…

Tal como um bom actor
Represento emoções bem forjadas
Enquanto me esqueço do meu propósito
Ignoro as verdadeiras leis da vida
Sigo as leis da fascinação

Lanço-me com audácia para a realidade
Que se soltem os ventos
Que levem para longe os meus tormentos
Lavem as ilusões
E tragam sensações verdadeiras

Onde estou,
Tenho asas que não podem voar
Onde estou,
Tenho lágrimas que não consigo chorar
As minhas emoções estão congeladas
Não vou conseguir sentir
Até quer o gelo derreta

Já não tenho poder sobre isto
As defesas que construí
Querem desmoronar
A verdade começa a invadir-me
Já não quero me deixar dormir

Lentamente eu acordo
Lentamente me ergo
Abandono as emoções simuladas
Dou lugar a experiências verdadeiras
Sim, já não quero dormir


“Para amar o abismo é preciso ter asas…”

 
Autor
Transcendente
 
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