
Era uma noite fria,
de um final d’outono
- Chamando o inverno -
o vento em tudo batia
Era uma noite cinzenta,
que nascia de uma tarde
melancólica e nublada
pela incessante chuva
Até que ao mirar a janela,
se perfilava como miragem,
lá estava a verde esperança
a mudar toda a paisagem
O que era antes.
uma sazonal melancolia,
de repente se transforma
em um bom presságio
da força da mudança 
que se opera a cada dia,
ao fundo ouvia Albinoni, 
em seu precioso adágio
A esperança transmuta 
o frágil corpo de inseto 
em inexplicável energia,
e poderosa vibração, 
um sinal para a paz 
e reencontro do poeta,
com a poesia e 
a sublime alegria.
Como não sorrir 
diante de uma esperança?
Como não tomar atitude-vida 
diante de uma esperança?
        
                AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 21 de maio de 2011.