Poemas : 

Minto

 
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É noção básica que o que escrevo são mentiras
Mentiras, pois, perfiladas de adoçantes e açúcares
Tudo para deixar na boca do consumidor
Os sabores figurantes de momentos ímpares...

Mentiras, ou talvez verdades consumidas
Consumidas, usadas já, pelo tempo, pelo calor,
Derretendo que nem os relógios de Salvador
(Salvador dali, daqui, d'acolá)

Mas, derradeira palavra omnipresente,
Mas se nestas palavras construídas,
Se construírem esplanadas de afecto

Acho que o meu acto, mais que consciente,
É das coisas mais altruístas
De que este (ou outro) poema é feito.

Bem haja pela presença, pela leitura!
 
Autor
Ricardo_Barras
 
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Enviado por Tópico
flavito
Publicado: 10/06/2011 16:58  Atualizado: 10/06/2011 16:58
Da casa!
Usuário desde: 06/12/2009
Localidade: Rio Tinto, Gondomar,Porto
Mensagens: 334
 Re: Minto
as mntiras do mundo são verdades do homem e as mentiras do homem são verdades do mundo.

Está fixe o teu poema, ricardo

Enviado por Tópico
Ghost
Publicado: 13/06/2011 23:17  Atualizado: 13/06/2011 23:17
Colaborador
Usuário desde: 09/04/2011
Localidade: Lisboa, Portugal
Mensagens: 1820
 Re: Minto
Olá Ricardo, um poema cheio de mentiras que formam belas rimas e belas liras.
Um poema que mente quando diz que este é o seu poema mais consciente.. Pois a mentira não é consciente, apenas rouba a verdade sem culpa e mente!
As mentiras doces que são verdades um pouco amargas, são recebidas bem quando bem disfarçadas.
Abraços e Felicidades.