Poemas : 

Figas dixit

 

Figas dixit

O primeiro poema da humanidade
Foi talvez um acalanto duma mãe
Ou duma avó, com seu óó,
para embalar,
calar e adormecer o pranto do seu menino
que (quem sabe?) depois de adormecido merecesse
um doce e suave grunhido,
num sonoro beijo,
embrulhado em doce sorriso,
linguagem humana não desenvolvida.

Foi assim, que o prineiro poema
teve como primeiros versos o óo de mãe ou de avó,
doces grunhidos,
sonoros beijos,
que foram despertando desejos
de mais e melhores poemas fazer,
acompanhando o Homem,
que, deixando de andar de gatas
começou a erguer-se,

Depois, foi só imitar os sons do vento,
os sons das aves,
o muralhar das águas,
o inventar a flauta e a lira
para acompanho suas mágoas.

Na evolução
também evoluiu a inspirição,
e de concreto passou-se dos acalantos
aos clássicos e às rígidas formas dos sonetos
mas, como tudo evolui e flui,
de ditaduras passou-se à liberdade,
e hoje todas as formas são livres
após caminho foi longo,
desde o simples acalanto duma mãe
ou duma avó!
mas, olhando a actual poetrix
não tarda que a poesia seja só dixit!
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Autor: Silvino Taviera Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL
SAP n. 15727


Figas

 
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