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<br />Direccionamos tão mal a nossa energia
Tendemos para o mundo,
Que no seu desejo insano,
Nos faz orgia.
Ridículo excesso mediocridade.
Desçamos o pano,
Esqueçamos a idade,
Porque para ela não há tempo,
Apenas humanidade.
Imperfeição que teimamos em fazer crescer.
Se sofremos, fazemos sofrer.
Se nos fazem bem, esquecemos de o fazer…
Passamos horas a tentar matar mesquinhice,
Dando-lhe bombons e mentiras.
Não nos passa com a velhice
Nem com todas as iras.
Continuamos a esquecer o que nos faz quem somos.
Esquecemos que temos inteligência
Uma capacidade única de mudar quem fomos.
Esquecemos os sentimentos, agarramos a ciência.
Mutilamos as vivências e jogamos o amor em salas escuras.
Queremos que ele se torne forte
Mas não o alimentamos,
Queremos encontrar o equilíbrio, o norte,
Mas não o buscamos.
Devíamos o olhar e desenhamos maldade em cada traço,
Convicto, directo, traçado a régua e compasso.
Perdemos tempo na lama,
E deixamos a viagem a meio,
Não paramos por quem cai, mesmo quem ama.
Seguimos sem receio.
Até onde vamos? De que vale chegar?
Se perdemos tudo o que somos pelo caminho?
Se esquecemos de nos levar?
E deixamos o mundo ser o nosso espinho…

 
Autor
David_Miranda
 
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