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DEFLORAR-TE-EI

 

Do íntimo das entranhas arranco a sapiência/deflorarei teu cérebro/ Comer as uvas todas do teu pomar, teu vinho derramarei/ Baco envelhecido não é mais sedutor.



Cantar à meia noite uma canção intimista/verter o líquido renal em teus glúteos/Bocejar sob o madeiro recrudescente/ teus lábios trepidantes, ávidos/ inarticulados, meus olhos imbecis


Intimidade umectante/Uma canção erótica te extrai sentidos/ Suor resvala pelo teu baixo-ventre/ Escorre pelo cóccix, pelo meu olfato olente/Plástico intumescido/ em teu desejo não ficará semente.

 
Autor
Joel Pereira de Sá
 
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