Trovões  rasgam  a  noite  maldita
Vampiros  sugam  o  sangue  da  inocência,
Farrapos  humanos  bebem  da  indecência
Em  conchavos  lúgubres  da  região  cosmopolita.
Moedas  sujas  rolam  pelas  praças  enlameadas
Em  dantescos  pagamentos  à  vil  prestação  de  serviço,
Frívola  satisfação  que  acalenta  o  espocar  dos  viços
Que  enfermam  a  saúde  das  madrugadas.
Arrolam-se  sentimentos  que  sobrevivem  da  hipocrisia
Na  bastarda  concepção  de  uma  realidade  que  é  fantasia
E  que  dorme  alucinógena  no  painel  dos  prazeres...
No  perfil  dos  andarilhos  há  uma  fisiologia  demente
Escamoteada  pela  sensação  de  transgênicas  sementes
Que  encontram  no  sexo  o  amplexo  imortal  dos  seres!