Poemas : 

Acuso-te, o sujeito indefinido em género e número!

 
 
*

Não há,em ti,
nada d´original
és a cópia que tudo copia
infeliz rato d´enciclopédia
almejas ser anjo
e és
caído
pardo, leque,
abre,fecha,fecha,abre
tons de cinza
qual é a tua cor?
imitas a cidade
os anjos e os acidentes?
toma cuidado com a tua bicicleta!
a roda...
a roda...
a invenção das invenções
sempre foste guiado
conduzido
será que estás disposto
a aprender?
sabes pedalar?
pedal
ar
a roda...
a roda...
toma cuidado com ela
a invenção
pode salvar-te
sê original
inventa
a cópia
a perfeita
o fogo
nasceu da pedra
invenção rotativa
roda,roda,roda viva,
o copia cópias
não vive
é falsário
da corrente e dos pés
ilude as mãos
sem travões

a queda?
quem vive na cave
pode baixar-se mais?



Raquel Castelo Brum
 
Autor
RaquelCasteloBrum
 
Texto
Data
Leituras
869
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
RobertaFurtada
Publicado: 25/05/2012 02:16  Atualizado: 25/05/2012 02:16
Novo Membro
Usuário desde: 25/05/2012
Localidade: Salvador
Mensagens: 3
 Re: Acuso-te, o sujeito indefinido em género e número!
Raquel, há sempre de se soltar o verbo, rasgar a roupa, lutar! Que o teu verso seja a seta que crava o alvo. Tá forte e fenomenal!

abraços com felicidade!