Poemas : 

confesso

 





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confesso

não pude mais suportar tanto sofrimento,
tanta opressão!
uma sensação sufocante,
agonia em ondas...

estou aqui estático, esperando o momento!
ouço baixinho o pingar de água,
naquelas contrações te sinto,
mesmo que não te procure
ainda ardes em mim.

como pintar em palavras esta sensação?
agita-me a recordação,
procuro a razão, o porquê…
porque me oprimes, se vai ser tão
efêmero este momento?

vou ter-te outra vez
tenho a certeza,
como muitas vezes antes te tive,
quando te prenuncias,
a minha vida é um tormento


súbito, senti-te saindo de mim,
após intensa dor, deslizou, desceu suave,
aliviando meus pesares.
um rumor quase inaudível,
quando tocou o fundo da bacia.
barulho sublime causando alívio.
ao meu esfíncter que se contorcia.

nem mesmo o odor pútrido,
conseguiu diminuir a sensação
de alívio, conforto que senti
depois que te soltei.

confesso que caguei!
mas foi um ato sublime,
realização de uma aspiração,
há muito desejada,
desde que entrei,
pela porta daquela amiga privada.

ah! como é reconfortante,
deixar de sentir as vísceras contorcidas,
e vagas frementes de alívio
invadirem todo o corpo.

ah! como é bom uma cagada,
deixando no fundo da bacia,
aquela merda que me oprimia.


meu anus quase se espatifou,
e a merda foi tragada,
somente restos foi o que ficou,
partículas daquele meu jantar
emparelhadas ao redor.

não vou ficar esperando
que a água te venha devolver,
mas um ventinho veio e soprando,
lembrou-me como pode tanto feder
e que ainda tinha muito a fazer.

uma concha segurei na mão,
um tufo de papel macio,
limpei tudo direitinho.
tateava-me
procurando resquícios,
gozando a suavidade interior

agora livre daquele tormento
quem sabe eu volte a sonhar...
por entre floridos jardins e dourados trigais,
enquanto outra cagada não vem.


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sarcopio
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 05/06/2013 15:19  Atualizado: 05/06/2013 15:19
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Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: confesso
Boa tarde nobre poeta, bom gosto chegou em seu poema e fez moradia, seu personagem nutre intensa paixão por alguém a quem caga e se vangloria, deste ato. e promete caga-la novamente se ela ainda voltar a habitar seu intimo pensamento. fico com a impressão que o olfato do porco não funciona para o seu próprio mal cheiro. MJ.