É como o fogo que percorre o coração,
O faz acelerar em loucas palpitações
E tudo a volta desaparece misteriosamente.
É um veneno que ataca ferozmente
Sem remédio, sem solução
E por vezes provoca desilusões.
É como um feitiço que ataca o peito,
É uma dança louca sem música
Numa prisão que se chama amor,
É uma vontade de criar com clamor
Um mundo mais que prefeito
Sem receios nem ética.
É querer respirar e não conseguir,
É querer libertar-se e sentir-se amarrado,
É querer apagar todos os tormentos,
É querer lutar e não ter argumentos,
É sentir e não conseguir exprimir
O que vai dentro de um coração apaixonado.
José Coimbra