Poemas : 

soneto à tua árvore

 


sou feito de sangue e lágrima:
eis-me água, através dos furos
que o tempo engendra ao futuro,
quando me és mármore ou magma.

vícios, barcos, ventos fracos,
a sina de um sacrifício:
eu sou a flecha firme do arco
que mira num precipício.

nas ondas do teu vestido,
quantos navios detidos
não me valeram de nada...

e quem mais morderia o fruto
se a vida é o único tributo
da tua árvore envenenada?
 
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Durande
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