Poemas : 

TRISTE

 
António Casado__________ 29 Janeiro 1989
Publicado__________ Clamor do Vento
Registado __________ Depósito legal 306321/10
Editora__________ WorldArtFriend
Trabalho__________


TRISTE
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Triste
Como os pássaros quando não cantam
As flores quando não despontam
Eu quando não sorrio

Viajante
Num árido jardim de gritos
De crianças
Árvores tuberculosas
Lagos de água estagnada
Triste…

Descobri que entre o amor
E o desejo
Havia uma ponte
Agora destruída
Uma ponte
Onde existia quase tudo
E vida.

Retenho na íris da dor
A imagem dessa ponte
Ferida…

Triste…
Diante do meu olhar platónico
Que morreu com a ponte
Que um dia nos transportou
Ao limiar da paixão
Qualquer sorriso é alucinação.

Triste…
Tu nem estás à minha espera
No outro lado da ponte que não existe
Onde eu teimosamente
Me quero encontrar contigo.

Agora
Aconchegado pelas paredes
Desta sala vazia
Reparo
Que nada faz sentido!

Triste
Como um cisne esquecido
À beira do tal lago de água estagnada
Naquele jardim abandonado
Sem o riso de uma criança
Ou flor despontada…

Triste
Triste Primavera
Esquecida de chegar
À minha alma desencantada!

 
Autor
acasado
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