Sonetos : 

Serpentina

 
SERPENTINA

Um reles humano, segue sua sina
Enfrentando chorando, triste sabatina
Soluços lhe acalmam, a dor lhe ensina
a confiar na alma, e não na batina.

Como quilos de milho passado pela mó
Somando-se todos, resulta um só
Juntando as riquezas, fica como Jó
Pobreza tamanha, que chega a dar dó.

Seguir sempre reto, no nada sem nexo
Ser o simples, humilde, em meio ao complexo
Tornar-se côncavo, no espelho do convexo.

Em meus tristes murmúrios tornados em verso
Só uma coisinha para Deus eu peço
Que me torne n'Ele, o centro do Universo.

José Carvalho Vilarinho

 
Autor
Poemas&Amigos
 
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