Ainda sinto no peito uma emoção,
que cargo com falso contentamento!
Ainda crio pela mão inspirada da ilusão,
Um punhado de poemas de puro alento.
Escrevo ideais de um pensamento
Nu, despido aos desejos do coração!
Mas logo chega a voz interior da razão
E transforma o eterno apenas num momento...
E assim são os meus versos !
Rimas perdidas em sonhos dispersos,
A contar a todos a dor que consinto!
Nada do que escrevo é eterno ou puro,
Em tudo o que não escrevo procuro
E encontro o tudo e o nada que sinto!