O mundo mudou de cor
e nem por isso ficou diferente…
As almas (re)clamam
acusam
apontam o dedo
esquecendo os outros tantos
que ficam de frente dos rostos em segredos…
Acusar um qualquer
que veste diferente
ou nasceu na terra de outras mentes; é fácil…
Serão mesmo todos iguais?
Há raças e cores; rios e montanhas; países e oceanos;
no deserto global onde todos estamos…
Nada disso faz
o colorido do mundo
muito menos o amor e a paz…
O que marca diferença
é um intimo capaz de mudar mentalidades…
Há dor em todas as raças
há amor em todos os credos
há tudo em todos
até mesmo a maldade…
É a maldade humana
que provoca a dor
obcecados por coisas
que não foi Deus que semeou
nem as ordenou aos homens…
Olhem
Olhem
derramado o sangue
derramadas as lágrimas
qual a cor que se avista?
O sangue tem todo a mesma cor
o âmago da humanidade é que tem coloridos
tão distintos que há homens a chamarem Deus
ao degredo em que acreditam…
Pedir castigo a estes umbigos
é legitimo
não diferente…
Diferente é fazer frente
sem armas
espalhando a paz
sem olhar aos descoloridos
que os que gritam ajudam a pintar…
As armas não nascem da terra
são elaboradas pelos (outros) homens
que choram agora
(s)em alma codificada pelo capital
que fecharam nos cofres da ambição…
E eu choro este horror
em que o mundo se tornou,
oro ao Deus de Amor
para cuidar de todos os filhos da terra
até que todos Lhe prestem louvor!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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Re: As armas não nascem da terra
