Poemas : 

Nevoeiro

 
Nesse nevoeiro me embrenho
não sabendo onde coloco os pés
sigo esse escuro caminho
procurando uma luz

Não levo nada na mão
nas mãos levo o silêncio
de tantas melodias
de esquecido refrão

No peito carrego esse nada
que nasceu na madrugada
talvez numa manhã de primavera
ele volte a encher-se qual quimera

Morreu a poesia!
A música já não a oiço
nessa surdez do mundo
e na mudez do meu coração

Sou nevoeiro agora...



Delfim Peixoto © ®

 
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delfimpeixoto
 
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