Poemas : 

CHOVO

 
Chovo pinga a pinga pesada,leve,
bato no chão e desfaço-me
inventando um novo lago
onde danço os pés
e rio como uma criança

É fresca a água,
faz cócegas na face
e rio, rio, rio,
isto é... desato a rir!

Descalço as meias
e sinto nos pés o chão
de pedra lisa escorregadia
e chovo, chovo, chovo,
porque tal foi o trambolhão
que chovo, não pinga a pinga,
mas chovo em imersão.

Vale a rua estar deserta
e ninguém ver essa loucura
mas que bem me soube chover,
lembrando a inocência perdida
e a felicidade da vida
mesmo chovendo assim

Delfim Peixoto © ®


 
Autor
delfimpeixoto
 
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