Luso-Poemas
 
Sonetos : 

Figueiras Tristes

 
Figueiras Tristes
 
Figueiras tristes que se arrastam p'los caminhos,
por estradas, caladas, só debruços,
por pedras, cardos, silvas ou espinhos,
falem entre espasmos e soluços!

Debruçadas, solitárias, sobre poços,
sobre escarpas, no vazio ou por abismos,
Figueiras de quem fogem tantos olhos
nem pássaros vos querem para os ninhos!

Porque nem a vossa lenha se aproveita?!
Porque vos odeia toda a gente? Triste dor!
E nem a vossa sombra nos dá paz e aconchega?!

Mas o fruto da Figueira todos querem!
Nasce da ramagem sem dar flor
como as lágrimas dos tristes qu'inda gemem!


Ricardo Maria Louro


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
2227
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
3 pontos
1
1
0
Recentes
Lucidez
Ilusão de Ser
A Viagem da Avó
Ricardo Maria Louro — Contextualização Histórica e Literária
Análise da poesia do poeta Ricardo Maria Louro
Aleatórios
Estradas
Fidelidade
Cheguei ao Fundo
Olha
Tremores
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
HelderOliveira
Publicado: 25/06/2016 18:55  Atualizado: 25/06/2016 18:55
Da casa!
Usuário desde: 09/02/2014
Localidade: Angola
Mensagens: 314
 Re: Figueiras Tristes
Belo soneto! Triste como as próprias figueiras, doloroso "como as lágrimas dos tristes qu'inda gemem!"

Parabéns Ricky!

Um abraço do
HelderOliveira

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre