Poemas : 

Um cego pintor ...

 
Olá,eu ainda estou aqui
Meus versos até podem ser de amor
E dói para mim respirar sem dor
Mas...eu ainda não morri

E escrevo directo do coração
Talvez um nobre gesto
Quem sabe mesmo auto-mutilação

E faço de meu velho sangue minha nova tinta
Meu amor eu como teu poeta
Sou como um cego pintor que nada mais pinta

E um dia mais tarde
Tarde demais
Sei que me irei arrepender
Pois só no fim me darei conta da triste verdade
Que para escrever uns versos banais
Meu coração para ti foi mudo até ao dia de morrer...


 
Autor
kripy
Autor
 
Texto
Data
Leituras
745
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
17 pontos
11
3
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 23/05/2017 12:33  Atualizado: 23/05/2017 12:33
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Um cego pintor .../ PARA KRIPY
Por vezes escrevemos mesmo com a tinta do sangue, porque as palavras correm nas veias ansiando por desembocar na escrita, meu querido Kripy.

Teu poema é exemplo disso. A última estrofe do poema, em que escreves "um dia mais tarde, tarde demais", é porque as palavras ficaram perdidas nos versos da alma, num grito que calamos!

Parabéns meu querido amigo, pela inspiração!

Beijinhos doces!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/05/2017 16:27  Atualizado: 23/05/2017 16:27
 Re: Um cego pintor ...
*Amar com tamanha devoçao é morrer um pouco a cada verso...
Sensibilidade ímpar!
Adoro
Beijoka*


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/05/2017 19:43  Atualizado: 25/05/2017 19:43
 Re: Um cego pintor ...
Muitas pessoas econtram-se nessas tuas paolavras, elas servem de consolo para muitos corações


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 21/07/2017 14:40  Atualizado: 21/07/2017 14:40
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: Um cego pintor ... P/Kripy
Tive saudades e vim espreitar, então deparei-me com estes versos tão bonitos e essa cegueira de olhos iluminados!
Muito feliz fiquei e vou ler o que se segue, neto maroto Vó