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ad eternum

 
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aquele trigal dourado de outrora
ciciante de Zéfiros pululantes
está letárgico e taciturno
franzino de dor acutilante
que só a morte friamente inflige

a semente desfalece impotente
diante de superiores desígnios
intocáveis
irrevogáveis

o trigal agoniza lentamente
e desse horizonte de terra-mel
perdura na memória
indelével
um universo de indizível carinho
um colossal pilar de estabilidade
um amor indescritível
imanente
imutável

esses sussuros melífluos das espigas
definham no infinito das planícies
mas sobrevivem neste coração torturado
para sempre
ad eternum

 
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Saturnino
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/03/2008 21:10  Atualizado: 16/03/2008 21:10
 Re: ad eternum
Gostei do poema! A sua linguagem é vernácula e isso agrada-me! Vou ler os textos que já aqui deixou; tem um novo leitor.

Enviado por Tópico
Saturnino
Publicado: 19/07/2008 14:03  Atualizado: 19/07/2008 14:03
Muito Participativo
Usuário desde: 23/07/2007
Localidade: Fx
Mensagens: 86
 Re: ad eternum
Obrigada, Q14, pela gentileza do seu comentário!

Um abraço,

S.