Luso-Poemas
 
Poemas : 

Moço de boca fofa

 
Open in new window

Ó moço de boca fofa,
Não bebo d’água
Que tu bebes,
Sou mar aberto
Com braços do rio

Não falo a língua
Da tua língua,
No falar
Meço as palavras

Palavra dita
Não deve ser maldita,
Se mal dita for dita,
Arranha o coração de quem a ouve

Sou braço do rio,
E rio da tua desgraça
N’olho da praça,
Que sofre com tua palavra mal dita

Palavra é só palavra,
Apesar de ter dois pesos
E duas medidas,
Depende de quem a dita

Palavra bem dita vai n’alma,
Palavra mal dita cai
Como bomba
No coração de quem a escuta

Ó moço de boca fofa,
Use um pouco de docilidade
Qu’inda há em tua alma
E ganhe um sorriso n’outro lado da rua

Adelino Gomes-nhaca

Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
717
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
23 pontos
1
3
2
Recentes
A inveja
Nos quintais da vida
O saber...
Os ais das lamentações
A conversa da rua
Aleatórios
O porquê se pintam as mulheres?
Mãe é guardiã da vida
Atrás do tempo perdido
A mão faz e desfaz
O peso dum beijo
Favoritos
prisioneiro da mente
Encontro
Conceito e preconceito
Linha do tempo
NAS MURALHAS DO AMOR
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 07/08/2023 14:00  Atualizado: 07/08/2023 14:00
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8823
 Re: Moço de boca fofa
A inocência da palavra
vê-se no sopro
de cada palavra dita...

Open in new window

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre