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O saber resgatado da memória

 
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Ó doutor do nada,
Engole tua batina do vento
E caia fora do estrelado,
Não amarre tempo ao tempo

Despe-te de versos loucos
E dê língua à tua língua.
Não embacie botas lambidas
Com tua língua babada

Ó doutor do vento,
Falar de letras
É pra quem sabe semear o saber,
E não, um jumento de orelhas tortas

Se tua poesia fosse só poesia
E não o saber resgatado da memória,
Não terias nenhuma estrela
Em teu mundo de bajulador

Falar do reverso do verso
Em teu iletrado dizer,
É ostentar tua ignorância
No mundo das letras que nunca conheceu

Ó juiz jurado
De batina emprestada,
Vinde a mim com teus miolos rasos.
O julgamento é agora ou nunca

Adelino Gomes-nhaca

Adelino Gomes

 
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Upanhaca
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 04/02/2025 00:45  Atualizado: 04/02/2025 11:59
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8825
 Re: O saber resgatado da memória
A verdade é para ser dita e,
Foi dita aqui,
Tda a verdade da verdade.

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