a rua,
na eternidade do tempo,
condiciona sobras de sonhos
nos seixos horizontais
que calçam o chão;
no sol, na chuva,
as pedras acolhem
os raios de luz,
os vendavais,
as tempestades;
na profecia do caminho,
almas soturnas
guardam territórios,
farejam no silêncio
o cio da paixão...