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Quando o sol se despede

 
Quando o sol se despede
 
O sol se despede
Como quem sabe que será lembrado.
Derrama ouro no horizonte,
Incendeia as nuvens com tons de despedida
E ensina, em silêncio,
Que até o fim pode ser belo.

O céu, vasto e paciente,
Aceita o peso das cores,
Laranjas, vermelhos, violetas,
Como se cada tom fosse uma palavra não dita
Entre o dia que parte e a noite que chega.

Há algo de sagrado no pôr do sol:
Ele não pede aplausos,
Não exige promessas,
Apenas acontece,
E nisso revela a grandeza do instante.

Enquanto a luz se recolhe,
O mundo parece respirar mais devagar.
Os ruídos se tornam menores,
Os pensamentos, mais sinceros.
É como se o tempo, por um momento,
Aprendesse a ser contemplação.

O magnífico pôr do sol não marca um fim,
Mas um intervalo de eternidade,
Onde tudo o que fomos durante o dia
Se aquieta,
E tudo o que ainda seremos
Espera, em silêncio,
Do outro lado da luz.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Autor
Odairjsilva
 
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