MARISQUEIRAS

Isto é muito bom, companheiro Jessé. Denunciar as mazelas do nosso povo é um dever. E a poesia é arma que temos. Já deparei com essas mulheres tristes, sempre aparentando vinte anos mais do que de fato têm. Um filho após outro. Mais uma boca para sofrer a fome e a humilhação, que os senhores do capitalismo oferecem. Pobres marisqueiras. Pobres de seus filhos. Depois ainda dizem que a pobreza deve ser aceita uma vez que haverá como recompensa o reino dos céus. Ora, Santa Teresa de Ávila, em pleno século XVI, já falava no paraíso terrestre. Belo grito de denúncia este teu. Saudações socialistas,

Júlio

Eu simplesmente vou ao delírio quando leio um poema
social, assim todo poeta tivesse esta consciência
de usar as palavras em benefício dos injustiçados.
Adorei! Beijos!