Acrósticos : 

Silêncio

 
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O relógio com um sorriso quadrado anunciava nove e quarenta e cinco de uma noite nem fria, nem quente, só noite. A esta altura o silencio é intenso, exageradamente intenso que se ouvi o respirar das figuras presas em quadros espalhados pelo pequeno
quarto.
Olhares tensos se cruzam no espaço vazio e logo depois fogem mirando o teto branco descascado ou a estante onde repousavam meia dúzia de livros fora de ordem.
As mãos cansadas em se alternar na sustentação do queixo, agora formavam um emaranhado de dedos.
Os lábios continuavam selados, vez ou outra umedecida pela língua ou massageada pelos dentes, mas logo em seguida são lacrados novamente determinando a continuidade do silencio.
A cama rangeu ousadamente uma dor que ninguém percebia e todos os olhos se voltaram para mesma decretando a censura. uma pequena aranha se equilibrava em um fio que pendia no canto esquerdo da parede;
Que viu, fingiu não perceber e voltou-se para a direita.
O vento passeando pelo quintal, tropeçou na lata de lixo colocando em suspensão todo o tipo de porcaria e a embalagem plástica ,uma de refrigerante decolou,percorreu dois ou
Três metros indo colidir com a vidraça do quarto onde todos se mantinham enclausurados.
Tomados por total histeria todos gritam e correm juntos em direção a porta ainda trancada, apos uns dez segundos de estardalhaço geral, embaraçados se dão por conta da gafe cometida.
___ Não, não valeu. Diz a Laura.
___O Juninho falou primeiro. Fala a Evelyn.
___Vamos começar de novo gente. Vaca amarela berrou na panela......

 
Autor
edson augusto alves
 
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