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Sete décadas e um dia especial

 
Sessão solene em comemoração aos 71 anos da Academia Passo-Fundense de Letras reúne autoridades e comunidade. No evento, foi brindado ainda o lançamento da sexta edição da revista Água da Fonte e a abertura da exposição da artista Nil Marques

Segundo ON

A APL (Academia Passo-Fundense de Letras) parou no espaço, mas não parou no tempo. Com sede na avenida Brasil desde sua criação – em um luxuoso prédio que traz em sua arquitetura o título de porta mais alta do estado – a APL mudou muito nestas sete décadas de história. Do dia 7 de abril de 1938 até a última terça-feira, 7 de abril de 2009, suas grandes portas foram sendo abertas de forma revolucionária, criando em seu interior um espaço democrático, em que escritores, leitores e toda a comunidade passo-fundense têm voz. Prova disso foi a sessão solene realizada na data do aniversário de 71 anos do sodalício, para a qual os passo-fundenses foram convidados a comemorar junto com os acadêmicos.
Na ocasião, o clima foi de emoção e orgulho pela jornada conquistada em anos de empenho e busca pela renovação, uma bandeira erguida pelo atual grupo de imortais passo-fundenses e exercida por meio da promoção de concursos, eventos, exposições e uma infinidade de ações, sempre visando uma maior aproximação da entidade com o público.
Para lembrar a história da APL, fez uso da palavra o presidente Paulo Monteiro, que iniciou seu discurso com os acontecimentos da década de 1920, quando “uma verdadeira revolução educacional aconteceu em Passo Fundo, conduzida por nomes como de Nicolau de Araújo Vergueiro, um dos responsáveis por elevar o número de escolas no município no fim da década, escolarizando cerca de 8 mil alunos”. Para acompanhar a evolução, era preciso professores qualificados e logo Passo Fundo viu sua história dar um salto. “Em 3 de abril de 1929, foi inaugurada aqui neste mesmo local a Escola Complementar, acontecimento que hoje aproveitamos para comemorar também seus 80 anos. Temos orgulho em dizer que hoje aquele primeiro passo tornou-se a Escola Estadual de Educação Básica Nicolau de Araújo Vergueiro”, declarou Monteiro.
O presidente lembrou ainda a louvável iniciativa do ex-vereador Edson Nunes, também presente na solenidade, que criou o Dia Municipal do Escritor, e agradeceu à comunidade pelo crescente reconhecimento público e oficial da importância do sodalício, em uma cidade Capital Nacional da Literatura. “Além disso, aproveitamos a ocasião para realizar o lançamento oficial da sexta edição da revista Água da Fonte, um meio que tem divulgado de forma eficiente a literatura passo-fundense. Aproveito para ressalta que a revista da academia é um sonho compartilhado, elaborado e realizado por todos e por esse motivo é um sonho que se tornou realidade”, explicou o escritor.
Entre as demais autoridades que formaram a mesa da sessão solene, estavam Décio Ramos de Lima, chefe de Gabinete; major Cruz, da Brigada Militar; Veríssimo da Fonseca, presidente do Instituto Histórico de Passo Fundo; Vera Vieira, secretária de Educação, e Diógenes Baségio, presidente da Câmara de Vereadores. “Em nome de todos os vereadores, anuncio o nosso sentimento de orgulho em relação a essa comemoração, pois podemos dizer com firmeza que nenhuma instituição chega aos 71 anos com tanto vigor como a Academia Passo-Fundense de Letras”, discursou o vereador, recebendo aplausos dos presentes.
Arte na academia
Em seu discurso, o presidente Paulo Monteiro deixou clara a posição da academia em relação às demais formas de arte desenvolvidas em Passo Fundo, utilizando como exemplo concreto a abertura da exposição da artista plástica Nil Marques, no saguão do sodalício, realizada também na ocasião. “Que a mostra hoje inaugurada sirva de exemplo e prova de que, aqui na academia, os artistas são convergentes e não concorrentes”, explicou o presidente.
Natural de Minas Gerais, a artista fez de Passo Fundo seu lar e dedica-se à arte e à cultura locais em belíssimos quadros, repletos de cor, sentimento e intensidade. A exposição pode ser conferida na APL durante todo o mês de abril.
(Reportagem publicada na página 3 do Segundo, suplemento de cultura de O Nacional, Passo Fundo, sábado e domingo, 11 e 12 de abril de 2009 – Ano 84).



poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
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PAULOMONTEIRO
 
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