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Eu, Fantasma

 
As lágrimas começam a rolar!
Dos olhos que me vão tão cansados...
São lágrimas de um grande pesar,
Que em mim grassa calado...

As lágrimas escorrem vazias...
E vazias, se esvaecem na escuridão...
E esvaecidas em todas as agonias!
Vão-se esvaída à solidão...

Meus olhos não brilham mais,
Pois que foram feridos ao coração!
E feridos de morte, há tempos atrás,
Em outros olhos feridos vão...

Ó Deus!...Os olhos sentem a dor!
Uma dor que vem do fundo da alma!
Uma dor corroída pelo horror,
Que nem à sua presença se acalma!

As lágrimas rolam de fininho...
Misturam-se à chuva que cai gelada!
Meu olhar, fenecendo de mansinho...
Afunda numa solidão desesperada!

A escuridão esconde as curvas,
Que muito me passam tão fechadas!
E tão fechadas, vão-se turvas,
Às horas que perecem mais caladas!

E esvoaçando à vida em frente,
Na aura de uma visão desencarnada!
Vou imerso em dor tão plangente,
Na tristeza de uma alma condenada!

(® tanatus – 21/04/2009)
 
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tanatus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/05/2009 14:47  Atualizado: 07/05/2009 14:47
 Re: Eu, Fantasma
Esses versos calou fundo em minha alma!

São tão tristes e cheio de lamentos de algo perdido,daí se vem a solidão de mim tão conhecida e sentida!

Parabens!

Bjs
Rosa