Há em teus olhos, dados ao momento, 
uma tristeza de água reprimida, 
que é como o pressentimento 
duma próxima despedida. 
Tristeza que faz lembrar 
dias perdidos de outono 
com luz pálida a incidir 
nas folhas mortas de sono. 
Deixa que a esperança os molhe, 
os inunde de alegria. 
Cada noite passa e colhe 
o gosto dum novo dia.