Poemas -> Esperança : 

DEUS AO HOMEM O VULCÃO ACENDEU

 
Deus a terra fendeu.
Ao homem, o vulcão acendeu.
A noite… Incandesceu!
O mundo cresceu!!!
O calor do lume… A montanha aqueceu.
Movo espaço o homem mereceu.
O frio, e a noite venceu.
Mas não envaideceu!
No entanto, o seu olhar resplandeceu.
E, ao mundo… Nova era sucedeu.
Foi todo um novo caminho que floresceu.
Já o homem, mais sabia… Não podia ficar indiferente.
Já comia o pão quente!
Tinha que Divinizar o fogo ardente!
Fogo da terra! Fogo do Céu!
Que, com o clamor das entranhas apareceu.
A iluminar a sombra que o sol escureceu.
Neste especular, o homem, entendeu…
E, nas suas limitações estabeleceu.
Alem, na linha do horizonte.
Cai o véu, com todo o seu fogo escaldante.
Mas, ao caminhar para lá, percebeu.
O erro de Ptolemeu.
Pois, em suas mãos, os astros não recebeu.
Em fugaz espreitadela ao céu… Entristeceu.
Mas, ao ver mais mundo… À sua frente… Não desvaneceu.
Ajoelhou… Deu-lhe Deus a coragem de duvidar e venceu.
E, do diáfano do éter, novo horizonte rejuvenesceu.
À ignorância… O homem… Transcendeu.
O girar do mundo compreendeu.
O passado… Parado. É erro… O mundo o cometeu!!!
Foi erro dos lentes? Ou das mentes? Que as gentes obscureceu.
E à vida embruteceu.
Nesta desdita, o homem não enfraqueceu.
Seu filho não escondeu… Protegeu.
Novo seguir elegeu.
Não desmereceu… Atendeu.
Na razão empreendeu.
Assim, o mundo, no seu girar não mais entardeceu.
O homem, à descoberta do seu todo se meteu.
Ao mundo, o mundo prometeu.
Foi neste empreendimento, que o mundo, engrandeceu.
E, o homem, já no saber de outra gente, muito padeceu.
Motivo, pelo qual, o navegar empreendeu.
Assim, seguiu em frente, mas não esqueceu.
Tudo quanto no celeste manto aprendeu.
Deus o mundo criou… O homem… Ao mundo o deu.
Porque Deus, ao homem, o concedeu.
E assim, o homem… Cresceu.
Ao novo mundo que nasceu.
A Deus, correspondeu.
Há fé Divina se rendeu.
E na fé de Deus sobreviveu.
No todo que conviveu.
Sempre em demanda da verdade o homem combateu.
Deixou de ser ateu.
E, em demanda do esclarecimento.
De humano chamamento.
Zarpa o Português… Com a cruz de Cristo.
Ao mundo que já era previsto.
Nas velas que, abre ao vento.
Leva o Luso alento.
Pano que impulsiona a caravela.
Com a Cruz de Cristo em sua vela.
Para do mundo ter cabal conhecimento.
O homem, ao leme deste empreendimento.
Era do mundo humano… Não era santo.
Viveu muito salgado pranto.
Mas mesmo, no tenebroso susto.
Cria a verdade e era justo.
Era de força lusa… Destemido e recto.
E ao mundo tinha afecto.
Sabia ao que ia… navegou resoluto.
Suportou o luto.
Na luta contra o pelágico, então, tão temido.
Era povo marinheiro… E ao mar destemido
Ao seu rei e ao clero fez juramento.
De, do mundo todo, dar merecimento.
E a cruz de Cristo, erguer em todos os quadrantes.
Mesmo nos longínquos mais distantes.
A marcar ao homem o ponto.
Aonde se ouviu o Luso canto.
À vitória de tão grandioso humano facto.
Que, levou no saber ao encontro e ao contacto.
Nada foi à sorte… Foi na dor chorando e na glória cantando.
Que, o mundo, a todos se foi formando.
Nada foi achado, tudo foi estudado e previsto.
Notai que, depois de muito navegado, ao largo um mastro foi visto.
No inverso da esteira.
Que, abriu a pelágica fronteira.
Era a lusa caravela… Com novas… De volta ao seu porto.
Ao merecido Pátrio conforto.
Assim, com dor, glória e honra. Terra e povo, foi ao mundo descoberto.
Novo planetário capitulo foi aberto.
Os astros foram o ensinamento.
O marítimo encaminhamento.
O sol… No céu… Não findava em fundo ignoto.
O seu todo, não era assim tão diminuto.
Girava sim, algumas horas de nós incógnito.
No caminho do infinito.
Até ao seu surgir, pelo nascente.
De um todo existente.
Confirma-se que, o mundo, não é morto, nem parado.
É corpo existente à vida preparado.
Neste saber, vivia o Português, ao mar atento.
Eram outros os tempos… E outros os valores… E outro o tento.
O homem era nobre… Primário era o instrumento.
Mas, mesmo assim, concluiu o proposto.
E no planetário horizonte também surgiu pelo lado oposto.
E hoje, a todos exposto.
Lá, do outro lado, está o Padrão… Aos do mar… Pronto e solicito.
Luso clarão! Com o mundo implícito.
Universal contentamento.
Do todo em continuo crescimento.
Oh! Divino manto.
Como por encanto.
O homem que, ontem, no mesmo mundo de crescimento.
De outro homem, fazia o se alimento.
Hoje, noutro olhar ao céu… Vive grato.
Noutro humano trato.
Sai do abismo.
Deixa o canibalismo.
O paganismo.
E satisfeito.
No novo conceito
E humanamente mais frugal
Segue com fé Portugal.
É, agora, noutro saber, o seu ideal.
À vida, começa a dar importância real.
Depois deste Luso universal conquistar.
E humano manifestar
Mas, mau grado, a fortuna e o bem estar.
De toda esta gente multirracial.
A criar mais e melhor humano manancial.
Faz Exaltar a inveja e cobiça internacional.
A maldade irracional.
Começa a especular.
Todo o mundo critica esta união secular.
Querem novo mando diferente político estipular.
São os maus do mundo, na ânsia de encher o seu bornal.
É o político infernal
A mudar o bem pelo mal.
Mundo animal.
Bando de sanguinários.
Traidores ao crescimento planetário.
Somente vêem dinheiro.
Não têm humano companheiro.
Nem legal fronteira.
São viventes à babuje de outros canseira.
Forjam o emocional.
Corrompem o funcional.
Principiam por corromper e empeçonhar, alguém do nosso povo nacional.
Gente sem credo, sem hino. Gente que, só quer ser maioral.
Seres sem bandeira… Sem chão a cemitério… Seres sem moral.
Com este tipo de gente, a outros serviçal.
Erguem fraudulento político castiçal
Que logo o povo com ferro abrasa.
E o erguido arrasa .
Termina a paz, e todo um serviço da união existencial.
Que ao mundo era essencial.
Força crianças e velhos a viver pelas matas
Sempre envoltos em políticas zaragatas.
Vida de mutilados a uma irreal liberdade.
Forjada em desumana crueldade.
É, o retrocesso ao animal vegetar.
È o povo ao irracional manietar.
É, o ver nos olhos das crianças dor e fome.
E o corpo à morte conforme.
É, voltar ao brutal ajoelhar.
Negar o cerúleo espelhar.
Para ouvir em descomunal arrazoado.
Tudo o que, por Deus, nunca será perdoado.
Discursos e quimeras a um todo retrógrado.
Satânico brado.
A fosso abismal.
Sem a Divina crisma baptismal.
Que, ainda com Deus no céu… Nos leva afinal.
A um tardar Divinal.
Ao voltar ao boçal cafreal.
Num planetário estagnar Irreal.
Não… Não é… Do real Portugal.
Do Luso Portugal!
Este iníquo crer fatal.
Esta política letal.
É, de um mundo bestial.
Que não olha ao celestial.
A vela branca do Português foi divinatória.
Ao mundo meritória.
Divina realização.
Num todo, de total aproximação.
Mas, em todas as épocas há pecadores.
Humanos exploradores.
Que, com ferros ou palavras espúrias.
Adultera as universais vitórias.
A pessoais benfeitorias.
Assim, de um bem colectivo.
Que a todos devia ser produtivo.
Cresce a escravidão.
Brutal humana servidão.
Mal que o mundo comporta.
Desde que se abriu a humana porta.
E, se teve que, carregar lanha, para a fogueira
Da dominadora lareira.
Para o fogo da cegueira.
Humano já da morte escravo.
A viver tanto incompreendido agravo.
Na procura e demanda.
E na ordem de quem manda.
O escravo, sempre do forte foi mercado.
Mas no correr do mundo, mais se agrava este pecado.
No meio dos actuais negócios, fictícios e fraudulentos.
Que desvirtuam planetários rendimentos.
Mas se ouvem os acorrentados lamentos.
Já no mundo de recente passado.
O grande Império Romano.
Do seu escravo era ufano.
Até o régulo da sanzala, para ser obedecido.
Tinha o seu escravo vencido.
Para não falar da concubina, ou do eunuco, em seu leito copulado.
E na força senhorial calado.
Não foi só, do branco, da vela branca, este merecido.
O mal, infelizmente, por todo o mundo já era conhecido.
E estabelecido.
Muito negro, negro vendeu.
Dor que, miserável e berrante miçanga rendeu.
Mas, notai, os tempos pouco mudaram.
Mas pioraram!
Ainda hoje, se vê no poder, muito lodo
É outro o sistema, e o modo.
A lixar o fraco e o necessitado.
Que ao sustento, se vê aviltado.
Neste mundo desvairado.
Escravizado e irado.
Cada vez, há mais escravos, ao subsídio bonificado.
À actual política económica crucificado.
E muito jovem, no recibo verde, vive afundado.
Político lodo, que o humano, dá por deserdado.
Mundo minado.
Repleto de povo descriminado.
E outros, sem recibo, são escravos… Deveis ao voto do partido.
À finança convertido.
Pois pela criminal finança foi instituído.
Para dar este mundo por destruído.
São os novos sistemas.
Humanos anátemas.
São os contratos dos novos políticos deste estado.
Que, à Nação não é prestado.
E fazem do Português criado.
Neste mundo viciado.
Neste reino, cada vez mais de futebol e fado.
Mas já sem arado.
Mas aonde, sobre a cabeça do pobre, pesa criminal machado.
Eu, que neste infesto não fui tido nem achado.
Humildemente venho requerer, se é que, ainda posso falar.
Neste nocivo político contubérnio que a humanidade faz calar.
Quando os meus olhos encerrar.
E o meu corpo mirrar.
Depois de à vida finar.
Neste mundo ainda de tanto humano arruinar.
Não quero campa com pedraria.
Nem epitáfio com honraria.
Nem gente a chorar.
Muito menos a orar.
Bastou-me na vida caminhar.
Sempre com Deus a apadrinhar.
E o chão de meu pai, custear.
E por ele, com amor pleitear.
E a bandeira de Portugal, com honra hastear.
Agora, a novo encontrar.
Basta-me na terra entrar.
A qual, meu corpo vai transformar.
Na terra que, outro mundo virá a formar.
Não quero flores a disfarçar
O permitido humano desgraçar.
Que a minha campa seja terra.
A um mundo sem tanta humana ferra.
Eu, sou de Portugal… No mar… E no ultramar.
Minhas mãos, não são garras para humano sangue derramar.
Não sou esclavagista… Nem de martirizar.
Sigo os Lusos do civilizar.
Por isso quero ficar par
Em meu funéreo acampar.
Com quem a lutar de armas e coração.
Engrandeceram Portugal como universal Nação.
No tempo da Lusa navegação.
As armas não eram floridas… Mas os homens eram de amar.
Lutaram com heroicidade para as Cinco Quinas afirmar.
Construíram sim, o mundo… No seu navegar.
No seu crer ao longínquo chegar.
Militares com flores, só servem para falsear populações.
Fomentar revoluções.
Escondidas em floreadas traições.
Causadoras de humanas aflições.
Flores, criança escravizada.
Pelo mundo marginalizada.
Espelho sem cerúleo.
Neste universo hercúleo.
Eduardo Dinis Henriques









 
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Eduardohenriques
 
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