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Flor de lótus

 
Quantas sedes o mundo tem?
Quantos cinemas lançaram telas para as ruas em vão?

O ódio encarnou-se nos homens trajados de veludo
e as ciências querem dominar os astros.

Quantas vítimas morreram sem memória?

Ó meu Portugal de sete saias
podia o teu mar vir morrer à minha praia
podia o teu relógio ter os ponteiros virados para a vida,
para a flor de lótus.

E tu minha Lisboa, a que sombra te remetes?
Ao sol do poente ou à precipitação da carne?

 
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flavio silver
 
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Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 05/10/2007 22:44  Atualizado: 05/10/2007 22:44
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 Re: Flor de lótus
Flávio não conheço tua terra, mas entendo
o poema como uma crítica, estou certa?


Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 05/10/2007 23:07  Atualizado: 05/10/2007 23:07
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 Re: Flor de lótus
Talvez assim seja, Flávio. O veludo e as togas afogam o dever de rectidão.
Os ponteiros dos relógios não estão virados para a origem das coisas, o magnetismo do vil metal mudou-lhes o norte ...

Um belo trabalho poético.
Abraço
Mel

Enviado por Tópico
goretidias
Publicado: 06/10/2007 16:52  Atualizado: 06/10/2007 16:52
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 Re: Flor de lótus
Não saberemos responder, não é?!
Uma boa crítica!
Um abraço