Tenho tantas memórias
nenhuma me inquieta
escondem-se por entre palavras soltas
que apenas o vento se lembra.
Os lábios presos ao ar
contém cheiro
de rosas ruivas a bailarem
nas cordas de um violino
que o ombro aconchega.
Os olhos seguram o olhar
entre lágrimas cristalinas
e o éden rasgado na boca
que lhe conhece o paladar.
É um poema
no descompasso
antes de o baú fechar
na nesga da noite
depois do dia seguinte
onde o pasto
é o largo caminho
para amanhã
eu também guardar!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...