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Seu, outra vez

 
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À noite, absorto por sua mente
e entregue aos toques da sua mão,
me vi deitado; outra vez seu, somente,
e senti o desespero do meu pulmão.

Ao despertar-me com sua carícia,
em cada obscenidade jogada,
atrevida e sentindo sua própria delícia;
levou-me em engano de volta à madrugada.

Todas aquelas décadas de tensão
a levar-nos para outra dimensão,
me trouxeram mais próximo e pude tocar
o que meu corpo tanto ansiava por adorar.

E, na minha pele, o amor eu senti;
e, a você, meu desejo eu consenti.
E enfim eu vi toda a ansiedade de sua calma,
em sua pele vermelha, no gozo da alma.

 
Autor
DomCervantes
 
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