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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
De santamariadafeira.pt
Mensagens: 467
(ex curso auditivo na visão de um não poeta e namorado)


no silêncio de um hiato
procurei eu escutar
uma verve um boato
que me faça divagar
que me diga o que é amar

no interstício de uma letra
quero ver te a sorrir
para mim e etcetera
sem que eu tenha de pedir
sem que eu tenha de te ouvir

e no som de um fonema
possa eu sempre te ter
como tema do poema
não ouvir te mas te ler
ter prazer só em te ver

no silêncio deste mundo
em que vivo a existência
deste modo infecundo
quebra tu a resistência
sê tu só minha audiência


Criado em: 6/2/2012 16:24
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Re: Faz um poema
Membro de honra
Membro desde:
8/9/2009 16:29
De Lisboa
Mensagens: 2683
Mítica Fénix que renasce
Das cinzas. Mítico é o amor
Que nasce por entre
As brumas do teu leito

Memória em deleite
Por saber exactamente
O que estou a dizer

Sentimento profundo
Sadio aos olhos da devoção
Num crepúsculo divino


Criado em: 6/2/2012 21:11
_________________
"Uma longa viagem, começa com um único passo" Lao-Tsé
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http://terrasaltasdogranito.blogspot.com/
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Re: Faz um poema
sem nome
Ouviu-se
O acorde lento
no lamento do verso
que não sorriu mais.

Um poema traído
por pontos e interrogações.

Abatido pela rima
caiu no rio de palavras
e foi derramar-se
no mar da imaginação.

Que forjou a poesia
onde o poeta contrito
cantou com emoção
a rapsódia deste Mito.



Criado em: 7/2/2012 13:53
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Re: Faz um poema
Da casa!
Membro desde:
25/8/2011 18:18
De santamariadafeira.pt
Mensagens: 467
(remanescente renascentista)


quando eu renascer
quero ser um rapsodo
melopear versos
a rodo

quero ouvir tanger a lira
e um aulos
uma ode um hiporquema
acompanhando um poema

quero ser um grande herói
numa máscara trágica
e em coturnos
entrar em cena
mágica

serei uma forma catártica
de expiar os pecados
enfrentarei todos os deuses
humanizados
numa chama olímpica
recitados
e aos quatro ventos em cinzas
espalhados

quando eu renascer
seja onde for
quero aprender a ler
e a cantar
mesmo baixinho
pianinho quero ser
de clama dor

nunca nunca nunca
mais um autor


Criado em: 7/2/2012 21:35
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Re: Faz um poema
sem nome
tenho o vício das manhãs sem estore
um meio corpo para lá de bob dylan
outro meio por ouvir

sei bem quanto divido
sabe bem saber-me pela fronteira

não acredito em heróis de banda gástrica
acredito no apocalipse dos collants

tudo fumo
até o coração varro
como uma beata

é vício
é vida
logo ironia.



Criado em: 8/2/2012 1:05
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Re: Faz um poema

Membro desde:
2/3/2007 19:42
De Queluz
Mensagens: 3731
Todo o poeta
Se quiser
Será realmente capaz
De vir a conceber?

Ficar grávido
Do poema...

E na hora do parto
Pode até espernear
Gritar
E os lábios morder

Mas ao menos
Que valha a pena
Tal sofrer
Posto que se vai dar
À luz
Um novo renascer!

Criado em: 8/2/2012 11:52
_________________
*... vivo na renovação dos sentidos, junto da antiguidade das lembranças, em frente das emoções...»

Impulsos

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Re: Faz um poema
sem nome

Sem tempo
De perder tempo
Prisioneiro das eras
Questiona o vento
Sobre quimeras

Se tivesse asas
Poderia voar longe
Abraçado no tornado
Humanizado
E perder-se no universo?

Talvez... dançar
Nos braços da ventania
Uma melodia do mar
Eco do existir temporal
Que sonha navegar

Oh, vento do tempo!
Estás em todo olhar
Sopras começos tardios
Que viajam vencidos
Sem direção e lugar

Sem tempo
De perder tempo



Criado em: 8/2/2012 13:04
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Re: Faz um poema
Membro de honra
Membro desde:
8/9/2009 16:29
De Lisboa
Mensagens: 2683
já senti a dor
por me saber alicerçada
por ecos difusos

por quanto a ouvir
em sons vários
encontrei a melodia certa
para poder inventar
uma nova escala
a seguir ao
Sol
esse timbre que m’aquece
enquanto o meu corpo
(do)rme e sossega no seu

descompassados
são agora os meus passos
quando tento alcançar
o que não é meu

há só um karma
que sei de cor
e nem ele me diz nada
porque o nada sou eu
quando reajo
perante a acção
imediata do não

Criado em: 8/2/2012 14:36
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"Uma longa viagem, começa com um único passo" Lao-Tsé
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Re: Faz um poema
sem nome
À mora:

a espera
vermelha

de meus olhos

me diz:
- deita direito!

respondo:
- não deito!

mas durmo


Criado em: 8/2/2012 15:28
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Re: Faz um poema
sem nome

[ metamorfose ]


Faz frio n´alma
As palavras aquietaram se
No agora

Sem o calor das emoções
Para aquecer o poema
Que se debate ainda
Para não congelar
Os versos amorosos

Que entre parênteses
Se abraçam mudos
E se encolhem
No casulo da poesia
metamorfósica



Criado em: 9/2/2012 10:40
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